Os conflitos entre o legislativo e o executivo, isto é, entre o Parlamento e d. Pedro I, vão se acumulando até que, no dia 5 de abril de 1831, o imperador demite o ministério, então composto só por brasileiros, e nomeia um novo, logo apelidado de “ministério dos marqueses”, cujos integrantes são seus auxiliares mais próximos, todos detentores de títulos nobiliárquicos. Na manhã do dia 6 de abril, quando a notícia se espalha, circula ainda o boato de que os chefes liberais, como Nicolau de Campos Vergueiro e Evaristo da Veiga, teriam sido presos. Uma manifestação popular é organizada, liderada por homens como Odorico Mendes, Borges da Fonseca e Vieira Souto, em conjunto com chefes militares. Mais de três mil pessoas reúnem-se no campo de Santana, exigindo a recondução do ministério anterior. No entanto, mesmo após intensa negociação, d. Pedro permanece irredutível. Paira no ar a ameaça de que, caso ele não ceda, ao amanhecer o povo e a tropa formarão um novo governo. Em 7 de abril, com sua sustentação política completamente corroída, o imperador entrega sua carta de abdicação e deixa o palácio de São Cristóvão rumo a Portugal.