Domitila de Castro Canto e Melo, marquesa de Santos

D. Domitila de Castro,
por Francisco P. do Amaral

(1797-1867) Nascida em São Paulo, filha do coronel João de Castro Canto e Melo e de Escolástica de Oliveira Toledo Ribas, casa-se em 1813 com o alferes Felício Muniz Pinto Coelho de Mendonça, de quem se divorcia em 1824. De 1822 a 1829, é o maior dos amores de d. Pedro I, com quem mantém um romance público, embora o imperador seja então oficialmente casado com d. Leopoldina. Tem com ele cinco filhos. Um destes, a menina Isabel Maria Alcântara Brasileira, é legitimada por d. Pedro e agraciada com o título de marquesa de Goiás. É ele também quem concede a Domitila o título de viscondessa e, depois, marquesa de Santos, causando grande escândalo na corte. O imperador ainda faz dela dama do paço e, mais tarde, camarista da imperatriz. Embora seja uma entre as várias amantes de d. Pedro, a historiografia tradicional lhe atribui grande influência nos negócios de Estado. Seu caso de amor só termina em 1829, quando d. Pedro se casa em segundas núpcias com d. Amélia de Leuchtenberg. A marquesa de Santos retorna então a São Paulo e, em 1842, volta a se casar, agora com o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, que seria presidente da província de São Paulo. Morre em São Paulo, 25 anos depois.

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