A maçonaria é uma sociedade secreta, fundada no século XVIII, na Inglaterra. Alastrando-se rapidamente por todo o mundo, divide-se em dois ramos básicos: o rito azul ou escocês, e o rito vermelho ou francês. Embora compartilhem conhecimentos esotéricos, divergem na fórmula de aplicá-los na prática. O ramo azul prega a
monarquia constitucional, segundo a fórmula de governo da Inglaterra, enquanto o vermelho é republicano.
O ramo vermelho é o mais importante no Brasil. Começa a ser organizado ainda no século XVIII e, durante a
Independência, tem grupos atuando nas principais cidades brasileiras. O rito azul, embora numericamente menor, reúne pessoas influentes, concentradas no Rio de Janeiro.
Apesar de seu republicanismo, a maçonaria vermelha apóia a fórmula de Independência com
d. Pedro I. Em abril de 1822, o regente é aceito na sociedade secreta como grão-mestre. A partir daí, os maçons enviam emissários para o resto do país, que convencem todos os membros da sociedade a abdicar da pregação em favor da república, ao menos por algum tempo.
O papel da maçonaria na Independência é importante por ser ela uma das poucas organizações dedicada à atividade política – ao serem aceitos, seus membros se comprometiam com isto – atuante em todo o país. Assim, o governo pode contar com um grupo dedicado de propagandistas e agitadores.