Revolução do Porto

Movimento revolucionário português que, inspirado pelos ideais do iluminismo, visa a acabar com o absolutismo tradicional e instituir uma monarquia constitucional, cujos alicerces jurídicos seriam concebidos pelo Parlamento português, as chamadas Cortes de Lisboa, ao qual caberia também a tarefa de reorganizar os poderes executivo e judiciário. A revolução tem início no dia 24 de agosto de 1820, logo recebendo a adesão dos militares, cujos soldos estavam atrasados e que aceitavam com relutância a autoridade do marechal Beresford, preposto inglês que, após o fim das invasões francesas, permanece no comando do território português. O movimento estoura no Porto, chegando mais tarde a Lisboa. Nesse momento, Beresford, que estava ausente em viagem à Inglaterra, é impedido de voltar.
Quando as notícias da revolução chegam ao Brasil, em outubro de 1820, a euforia toma conta dos liberais brasileiros e de boa parte das tropas portuguesas. O Pará recebe a notícia chega no dia 1° de dezembro, e um mês depois já está instalado um governo provisório favorável às Cortes. No mês seguinte, a cena se repete em Salvador. As tropas fiéis ao rei são derrotadas, e a Câmara nomeia um governo provisório, que jura obediência à nova Constituição portuguesa, ainda em elaboração. Em Pernambuco e no Maranhão, os próprios governadores lideram a adesão.
Diante desse quadro, d. João VI tenta adaptar-se às circunstâncias. Porém, enquanto cogita mandar para Portugal seu filho mais velho, o futuro d. Pedro I, a revolução eclode no Rio de Janeiro, em 26 de fevereiro de 1821. Os revoltosos exigem que o rei jure obediência à Constituição ainda não escrita, por decreto e em praça pública. Sem alternativa, d. João capitula, perdendo sua condição de monarca absolutista. Por fim, forçado pelas Cortes, só lhe resta atender a outra exigência dos revolucionários: que ele próprio volte para Lisboa. D. João parte no dia 25 de abril de 1821. A frota em que o rei retorna a Portugal leva também os deputados brasileiros eleitos para as Cortes. O Brasil passa a ser governado por seu filho e herdeiro, d. Pedro regente.

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