(1775-1830) Nascida em Aranjuez, na Espanha, filha do rei Carlos VI, é dada em casamento ainda menina a
d. João de Bragança, então com dezoito anos de idade e filho da rainha
d. Maria de Portugal. Já na noite de núpcias começam os
conflitos do casal régio. A partir daí, os dois levam vidas bastante separadas. Em Portugal, enquanto o príncipe assume a regência, ela mora em Queluz e ele, em Mafra. Em 1807, com o bloqueio continental decretado por
Napoleão Bonaparte, resiste o quanto pode ao projeto de
viagem da corte para o Brasil, afinal consumado. Herdeira da tradição absolutista espanhola, abomina sua estada no Rio de Janeiro. Adotando posições políticas muitas vezes divergentes das do marido, envolve-se na
questão platina como pretendente às colônias espanholas da América, projeto frustrado com a ocupação do Uruguai em 1817. Em 1821, na esteira da
Revolução do Porto, retorna por fim a Portugal, onde se recusa a assinar a Constituição das
Cortes de Lisboa. Após a morte do marido, em 1826, apóia o golpe de seu filho Miguel contra a rainha d. Maria II, filha de
d. Pedro I. Derrotado d. Miguel, é presa em Queluz, onde morre.