O termo “academia” ganha o sentido que tem hoje no séc. XV, mas é apenas no séc. XVIII que ele se difunde. Começa então a ser usado para distinguir uma sociedade de artistas, escritores, eruditos e cientistas que se dedicam ao aprimoramento e à promoção de suas especialidades. Associa-se assim ao iluminismo, movimento que prima por colocar a racionalidade no centro do pensamento humano.
Criada em 1779, com a aprovação de seus primeiros estatutos pela rainha d. Maria I, a Academia Real das Ciências de Lisboa tem como objetivo o desenvolvimento da cultura nacional e o progresso das ciências e das artes no reino de Portugal, enfatizando, por exemplo, a normatização da língua portuguesa, o aprimoramento das técnicas agrícolas e manufatureiras e a correta exploração dos recursos naturais. No ano de 1780, é eleito o primeiro presidente da academia, o duque de Lafões, mas só três anos depois, no dia 13 de maio de 1783, é reconhecida a utilidade pública da academia, data em que recebe seu nome.