“(...) crê ainda hoje muita parte dos portugueses que o índio só tem figura humana, sem ser capaz de perfectibilidade. Eu sei que é difícil adquirir a sua confiança e amor; porque, como já disse, eles nos odeiam, nos temem e, podendo, nos matam e devoram. E havemos de desculpá-los, porque, com o pretexto de os fazermos cristãos, lhes temos feito e fazemos muitas injustiças e crueldades.”
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Iluminismo
Movimento de idéias que floresce na Europa do séc. XVIII. Em essência, defende o primado da razão, em torno do qual se desenvolveria o progresso material e intelectual dos povos. Como instrumento indispensável para que esse primado se concretize, dá grande ênfase à educação. Do ponto de vista político, em alguns países de tradição absolutista, o iluminismo inspirou reformas que deram origem aos chamados “déspotas esclarecidos” – ou seja, monarcas influenciados pelas “luzes” do movimento. Em outros serviu de base filosófico-ideológica para inúmeras revoluções e revoltas de caráter republicano, com destaque para a Revolução Francesa e, no Brasil, para a Inconfidência Mineira. Também é patente a influência do iluminismo em Portugal. A valorização da ciência prática é característica do movimento, pois suas idéias valeriam na medida em que delas decorressem ações e providências capazes de alterar a realidade dos povos. Do ideário iluminista fazem parte, por exemplo: o desenvolvimento das ciências naturais, o combate à escravidão, à fome, o anticlericalismo e o anticolonialismo.