A aprovação do Ato Adicional de 1834, durante as regências, é seguida por uma série de eleições locais em todo o país. Os liberais, fortalecidos, ganham a maioria delas. Em 1835, vencem a mais importante, que transforma Diogo Antônio Feijó em regente único. Mas a impressão de permanência de uma ordem liberal dura apenas o tempo necessário para que o novo modelo de poder passe a funcionar. Como, na prática, ele garante o monopólio do poder ao grupo que vence as eleições, os derrotados não vêem outra saída além de revoltas armadas. Em pouco tempo, eclodem revoluções no Pará, no Maranhão, em Pernambuco, na Bahia e no Rio Grande do Sul.
Em Belém, o movimento conhecido por Cabanagem começa em 1835, e os revolucionários chegam a estabelecer um governo próprio. Feijó envia tropas e a guerra se estende por três anos, com a vitória do governo central e um rastro de trinta mil mortos numa província de 120 mil habitantes.
O conflito mais longo, entretanto, é a Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul, entre 1835 e 1845. Chefiados por Bento Gonçalves, os caudilhos proclamam a República Rio-Grandense. Em 1839, os revolucionários Giuseppe Garibaldi e Davi Canabarro estendem a revolução a Santa Catarina. O movimento é derrotado em 1845, por tropas sob as ordens do barão de Caxias.
O regente Feijó, em vez de reprimir as revoltas a ferro e fogo, pede ao Parlamento maiores poderes, a fim de enfrentá-las na legalidade. Os liberais se dividem. Ganha força então o movimento conhecido como regressista, que deseja a descentralização administrativa e a leniência governamental com o tráfico de escravos. Feijó, fiel aos princípios liberais, recusa-se a reconhecer a nova força e a formar um gabinete com políticos regressistas. Isolado e sem sustentação política, renuncia em setembro de 1837.