“O déspota, porque não pode ser amado, quer ser temido. Oprime para mostrar que pode.”
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Revolução de 1817
O ano de 1816 é catastrófico para os produtores nordestinos, principalmente em Pernambuco. Com a derrota de Napoleão Bonaparte em 1815, o mercado mundial de algodão fora reaberto e o preço do produto caíra drasticamente. Um ano depois, esses fatores, somados à queda nos preços do açúcar e a uma seca grave, jogam a produção para baixo e aprofundam a crise. Os comerciantes portugueses, financiadores das plantações, tornam-se credores de fazendeiros endividados. Em Pernambuco, há sinais de tensão social e, das brigas de rua entre brasileiros e portugueses, logo se chega à revolta. No dia 6 de março de 1817, a população se levanta, forçando a abdicação do governador. No dia seguinte, instala-se um governo provisório, republicano e independente de Portugal, com apoio da maioria local. No entanto, assim que a notícia corre o país, tropas são enviadas para sufocar a revolução. Isso acontece em 19 de maio do mesmo ano. Um dos revoltosos de 1817 é frei Caneca, que anos depois, em 1824, se consagrará na chamada Confederação do Equador, novo surto separatista iniciado em Pernambuco. Outro era Antônio Carlos Ribeiro de Andrada e Silva, irmão de José Bonifácio.