“Fez-se um empréstimo oneroso, em que o Estado perdeu muito e só ganhavam certos homens: mas em que se tem despendido esses fundos? A agricultura foi fomentada, fizeram-se novas estradas, consertaram-se barras de rios? Cuidou-se na civilização dos índios? Estabeleceram-se novas fábricas de primeira necessidade? Não. Deram-se, sim, novas pensões, nomearam-se e continuaram a pagar comissões diplomáticas inúteis e incapazes; e, em vez de conservar a amizade das repúblicas circunvizinhas, provocou-se uma guerra custosa e infeliz por terra e por mar.”
Uma realização:
Patrocínio:
Iluminismo
Movimento de idéias que floresce na Europa do séc. XVIII. Em essência, defende o primado da razão, em torno do qual se desenvolveria o progresso material e intelectual dos povos. Como instrumento indispensável para que esse primado se concretize, dá grande ênfase à educação. Do ponto de vista político, em alguns países de tradição absolutista, o iluminismo inspirou reformas que deram origem aos chamados “déspotas esclarecidos” – ou seja, monarcas influenciados pelas “luzes” do movimento. Em outros serviu de base filosófico-ideológica para inúmeras revoluções e revoltas de caráter republicano, com destaque para a Revolução Francesa e, no Brasil, para a Inconfidência Mineira. Também é patente a influência do iluminismo em Portugal. A valorização da ciência prática é característica do movimento, pois suas idéias valeriam na medida em que delas decorressem ações e providências capazes de alterar a realidade dos povos. Do ideário iluminista fazem parte, por exemplo: o desenvolvimento das ciências naturais, o combate à escravidão, à fome, o anticlericalismo e o anticolonialismo.