“Fez-se um empréstimo oneroso, em que o Estado perdeu muito e só ganhavam certos homens: mas em que se tem despendido esses fundos? A agricultura foi fomentada, fizeram-se novas estradas, consertaram-se barras de rios? Cuidou-se na civilização dos índios? Estabeleceram-se novas fábricas de primeira necessidade? Não. Deram-se, sim, novas pensões, nomearam-se e continuaram a pagar comissões diplomáticas inúteis e incapazes; e, em vez de conservar a amizade das repúblicas circunvizinhas, provocou-se uma guerra custosa e infeliz por terra e por mar.”
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Fechamento da Constituinte
No período imediatamente posterior à Proclamação da Independência, os principais impasses na política brasileira dizem respeito aos conflitos entre o legislativo e o executivo, isto é, à divisão de poderes entre o imperador e o legislativo, bem como à distinção entre cidadãos brasileiros e portugueses. Mas o pretexto para o encerramento imposto por d. Pedro aos trabalhos da Assembléia Constituinte é o protesto de alguns oficiais do exército nascidos em Portugal contra os insultos que lhes são feitos por jornalistas e deputados. Em 12 de novembro de 1823, a Assembléia é cercada por tropas leais ao imperador e fechada sob a mira das armas. Vários deputados são presos e outros, deportados, entre eles os irmãos Andrada, cujo exílio dura seis anos.