“Os príncipes dispõem das honras e pensões para pagar serviços; porém a estima e agradecimento do povo, quando sinceros, valem mais.”
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Guerras da Independência
D. Pedro a bordo da fragata União, por Oscar Pereira da Silva
A Independência é resultado de um longo processo. Mesmo com d. Pedro I coroado imperador, o Brasil ainda precisa consolidar sua autonomia política e assegurar sua unidade territorial. Em algumas regiões há resistência ao novo projeto de nação, sobretudo ao norte, onde o poder de governo está nas mãos de pessoas fiéis a Portugal e às Cortes de Lisboa. Portanto, após obter o controle da capital do país, d. Pedro I precisa estender sua autoridade a todo o império.
Vários conflitos armados eclodem nesses primeiros anos, em vários pontos do território. Os contingentes do exército e da marinha imperiais são os grandes responsáveis por consolidar a Independência na Bahia, em Pernambuco, no Pará e no Amazonas. Essas vitórias ajudam a decidir, em favor da nova ordem política, os conflitos no Rio Grande do Sul e em Goiás, entre outros. Mas a guerra também é travada, em alguns casos, no terreno político, como ocorreu em Pernambuco.
Diante da oposição dessa província, José Bonifácio, então ocupando o Ministério do Reino e Negócios Estrangeiros, organiza a deposição de seu governador, abrindo caminho para a eleição de uma junta de governo presidida por Afonso de Albuquerque Maranhão, com cujo apoio d. Pedro é aclamado imperador. Mas a força da marinha imperial também desempenha papel importante na repressão à Confederação do Equador. Em 1824, é ela que, reequipada, sob o comando de Thomas John Cochrane, sufoca este movimento revolucionário.